Filmes Snuff

São filmes que mostram mortes reais destinado apenas a satisfazer o prazer mórbido dos espectadores. Teoricamente constituem apenas uma lenda urbana, uma vez que não existem provas da sua existência, diversos exemplos destes filmes causaram controvérsia e contribuíram para a proliferação do mito.

Normalmente, são filmes de exploração sexual e de terror, de baixo orçamento e origens obscuras que dão azo a especulações sob esta designação. Todavia, é necessário distingui-los dos filmes em que assassinos filmam os seus crimes. Estes não são considerados snuff, pois o seu objetivo não é obter lucro com a respetiva distribuição.

A designação "snuff" ("fungadela") como eufemismo de morte surgiu pela primeira vez em 1971 num livro sobre o assassino Charles Manson e a sua família, mas foi mais tarde aproveitado num filme chamado precisamente Snuff, realizado em 1976 por Michael e Roberta Findlay, que se acredita ter sido o primeiro a suscitar a dúvida sobre se a morte que mostrava tinha acontecido de facto. Apesar da controvérsia na época (e do sucesso consequente), veio depois a provar-se que a morte era encenada e fazia parte de uma manobra de marketing que incluía também a encenação de grupos de protesto em defesa da decência junto aos cinemas que o exibiam.

Mais tarde, em 1991, surgiu outro episódio importante neste tema. Tratou-se de uma série altamente sangrenta de filmes japoneses filmados em vídeo com o título de Za Ginipiggu (conhecido em inglês como Guinea Pig) por Hideshi Hino. Um dos filmes da série, concebido propositadamente para parecer um filme snuff, foi exibido numa festa em Hollywood e atraiu a atenção do ator Charlie Sheen que o denunciou às autoridades. Mostrava uma mulher aparentemente drogada, presa a uma cama, a ser torturada e chacinada por um homem vestido de samurai. Era tão realista que o FBI investigou o caso, pensando tratar-se de uma morte real. Contudo, uma vez mais era falsa.

Entre diversos outros casos do género, destaque-se o exemplo de Holocausto Canibal (1979), realizado por Ruggero Deodato, que foi chamado a tribunal para provar que a morte que o filme dava a ver tinha sido encenada.

Existem muitas outras histórias sobre este tipo de filmes, especialmente ligadas ao sub-mundo da pornografia e da pedofilia, mas não é ainda conhecido nenhum filme comprovadamente com estas características.

Existem, contudo, muitos filmes que abordam diretamente a temática dos filmes snuff. É o caso de Hardcore (A Rapariga da Zona Quente, 1979), de Paul Schrader; Tesis (1996), de Alejandro Aménabar ou 8 mm (1999), de Joel Schumacher, entre outros.

Os filmes são violentos de carácter mórbido e sexual em que depois de violada e humilhada a pessoa interveniente é assassinada. O inglês Thomas De Quincey publicou, no início do século XIX, o romance “Do Assassinato como Uma das Belas Artes”, ridicularizado pelo mesmo hoje deixou de o ser. É o caso do detective Tom Welles, personagem de Nicolas Cage em “Oito Milímetros". Na trama, Welles éprocurado para investigar um filme que mostra o assassinato real de umajovem. O filme seria o primeiro exemplar de um aterrador subgénero do cinema mantido até hoje nos subterrâneos das grandes cidades: os snuff movies, ou filmes que mostram homicídios verdadeiros. A investigação de Welles no filme de Joel Schumacher é o retrato de uma busca incessante que já dura pelo menos 24 anos.

Data de 1975 a primeira investigação oficial em busca de filmes snuff. Durante cinco meses, o FBI e a Polícia de Nova Iorque investigaram as denúncias do presidente de uma associação chamada Cidadãos pela Decência Através da Lei (Citizen for Decency Through Law). Raymond Gauer garantia que, apesar de não ter visto nenhum filme, tinha indícios concretos da existência de uma rede de distribuidores que espalhavam essas fitas nos EUA. Nessa época, começava uma verdadeira caçada. O FBI investigaria a existência dos snuffs sempre com resultados negativos.

Já em 1976, policias que haviam participado das primeiras investigações diziam ao New York Post que estavam convencidos da existência de filmes mostrando imigrantes mexicanos sendo mortos. Os agentes diziam que era quase impossível prová-lo, porque a indústria dos snuffs seria controlada pela máfia. Em apenas uma ocasião o FBI chegou perto de comprovar a existência de um filme desse tipo. Em 1986, em Albuquerque (EUA), um comerciante chamado John Zinn contratou três homens para raptar uma mulher e fazer um snuff. Os assassinos acabaram presos, mas haviam desistido de filmar a morte da estudante Linda Daniels por causa da repercussão do sequestro. Em 1994, o jornalista Rider McDowall, do San Francisco Chronicle, passou seis meses tentando encontrar um filme snuff. Para isso, entrevistou policias, agentes do FBI, donos de motéis, produtores de filmes porno, proprietários de sex shops. Não encontrou nada. “Vi vários filmes e achei que estava assistindo a crimes autênticos, mas nenhum resistiu a uma análise de especialistas afirmando que tudo era montagem.

O psicólogo Ted McIlvanna, presidente do Instituto for Advanced Study for Human Sexuality indo mais longe investiga durante25 anos reunindo 289 filmes de sexo e mais de 100 mil vídeos nunca chegando a provas reais tendo apenas visto 3 mortes,dois acidentes e uma cerimônia no Marrocos onde um garoto doente era sacrificado. Já outros conhecedores do tema garantem que os snuffs existem.

O director underground Joe Christ, 41 anos, autor de vários filmes em Super 8, tem uma teoria. “No início era um mito, mas a controvérsia e o interesse foram tão grandes que criaram um mercado consumidor. No mundo em que vivemos, sempre que há procura gera-se a oferta garantindo mesmo tendo visto um. Já os snuffs que mostrariam assassinatos de seres humanos ainda não passariam de lenda."

Foram agentes do FBI os primeiros a repassar informações para jornais como Los Angeles Times, USA Todas, Chicago Tribune e San Francisco Chronicle. Segundo a pesquisadora americana Barbara Mikkelson, o termo snuff apareceu em 1970, numa entrevista com um membro anônimo da Família Manson, os psicopatas que assassinaram a atriz Sharon Tate. Na entrevista, o rapaz se referia assim a um vídeo que mostrava uma mulher sendo decapitada. Depois das primeiras investigações, os boatos começaram a surgir. Segundo eles, boa parte dos filmes snuff seria produzida na América do Sul – especialmente na Colômbia, pela máfia como maneira de eliminar viciados e ladrões, que atrapalhariam o comércio da coca. Filmar seria um prazer extra. Já a exibição dos filmes é um processo mais complicado. Para ver um snuff, só em grandes cidades. Na Tailândia,especula-se sobre bares underground onde seriam exibidos e que em São Paulo é possível ver um snuff por R$ 100. o entanto nunca nada se provou até hoje!

Trata-se de uma lenda que inspirou psicopatas???
Ou os psicopatas que deram margem à lenda???

A única pergunta que nos resta é: Até onde vai a crueldade humana?

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